Finalmente, vitória! O Rio Ave - depois de cinco empates seguidos (!) e seis jogos sem vencer - regressou às vitórias na receção ao Gil Vicente, com uma vitória esclarecedora (3-0), e colou-se ao Boavista no 11º posto (29 pontos).
Com esta derrota, a equipa de Barcelos é ultrapassada pelo Rio Ave na classificativa e permanece no 13º lugar (28 pontos), sob forma provisória. O jogo, diga-se, ficou sublinhado pelo domínio rioavista e pela impotência gilista: João Teixeira, Aziz e Joca fizeram os golos, numa partida dolorosa para o Gil. Um galo difícil de esquecer.
Em relação ao jogo, como expectável, tanto Freire como Campelos mexeram na equipa. No Rio Ave, Josué Sá, Umaro Embaló, Boateng e Amine foram rendidos por Pantalon, Vrousai, Tanlongo e Joca, ao passo que, do lado visitante, Gbane, Domínguez, Alipour e Félix Correia deram a vez a Tiba, Fujimoto, Depú e Touré.
«Não podemos confundir resultados com a intenção da equipa.» Em conferência de imprensa de antevisão, Luís Freire foi claro. Apesar da senda de empates, o Rio Ave é uma equipa que pressiona alto, tem mais posse, cria muito e não disputa o jogo para o pontinho. E assim foi.
Postura muito adulta, ambiciosa e extremamente frutífera do conjunto vilacondense. Dominou desde o primeiro minuto, controlou as operações - com e sem bola - e, sem surpresas, levou uma vantagem interessante ao intervalo: 2-0. Do lado contrário, o Gil mostrou-se muito inibido, sem soluções e, mesmo em desvantagem, apenas conseguiu assustar Jhonatan por uma ocasião.
De forma diacrónica, como referido, o Rio Ave esteve por cima ao longo dos 45 minutos: aos 17', Joca - em belo plano - deu o primeiro aviso com um remate de pé esquerdo, após um excelente trabalho individual, e, 13 minutos depois, João Teixeira - também de pé esquerdo e após uma boa assistência de Joca - não desperdiçou.
A resposta do Gil foi tímida - mais bola mas pouco discernimento no último terço - e foi o Rio Ave quem voltou a faturar: depois de uma bomba de Vrousai, Martim Neto desviou a bola dentro de área com o cotovelo e, assinalada a penalidade, Aziz finalizou com classe.
No segundo tempo, o Gil até começou melhor e mais ofensivo - Pedro Tiba obrigou a uma defesa apertada -, contudo, a expulsão de Tidjany Touré reestabeleceu a toada do primeiro tempo: depois de uma entrada fora de tempo sobre Tanlongo na primeira parte, o extremo repetiu a dose na segunda parte e viu o segundo amarelo e respetivo vermelho.
A partir daqui, o Rio Ave ficou bem mais confortável na partida e ampliou as contas com naturalidade: Tanlongo, Vrousai e Fábio Ronaldo desenharam a jogada e Joca, com a baliza escancarada, só teve de encostar.
Até final, o jogo ficou bem mais morno - sem grandes oportunidades para nenhuma das equipas - e o Rio Ave segurou a vantagem até ao último segundo.
Cinco empates e seis jogos sem vencer não estava, certamente, a ser algo fácil de digerir. E o primeiro tempo do Rio Ave assim o mostrou. Os rioavistas entraram com tudo no jogo, dominaram e venceram de forma esclarecedora.
Derrota pesada e difícil de compreender dado ao equilíbrio das equipas. O Gil entrou a dormir e demorou muito tempo a responder ao domínio rioavista.
Arbitragem tranquila de Gustavo Correia: benefício da dúvida no primeiro amarelo a Touré e amarelo claro no segundo lance. Decidiu bem a grande penalidade a favor do Rio Ave no primeiro tempo.