O Portimonense entrou em campo com onze 'J. Brito' estampados na camisola, em homenagem ao pai do técnico Paulo Sérgio, que faleceu no passado domingo. Apesar do visível respeito, o Gil Vicente somou os três pontos (0-2), na primeira vitória fora de portas.
A turma forasteira procurou assumir as rédeas do encontro nos minutos inaugurais. No entanto, o ritmo imprimido pela turma barcelense não foi eletrizante, com o emblema algarvio a conseguir lidar facilmente com este ímpeto.
Os verdadeiros sinais de perigo ocorreram na sequência de bolas paradas. Mory Gbane foi uma constante ameaça, dando sequência aos cruzamentos milimétricos desferidos por Maxime Dominguez.
No momento em que os Guerreiros do Sul mostravam maiores sinais de atrevimento, a turma da casa acabou por sofrer um duro golpe nas suas aspirações: O médio suiço dos gilistas voltou a gerar o pânico, com um passe a régua e esquadro para Murilo. O brasileiro não se fez rogado, batendo, com frieza, Nakamura.
A abordagem implementada por Vitor Campelos, sem um ponta-de-lança de raiz, estava a dar os seus frutos. Félix Correia, com as suas movimentações sem bola, deu espaço para os seus companheiros brilharem. Já os alvinegros entraram em campo com o esquema habitual, mudando apenas a linha defensiva.
O segundo tempo trouxe uma toada inversa. O Portimonense subiu as suas linhas face ao défice no marcador, procurando inverter o rumo dos acontecimentos. Já o Gil Vicente adotou uma postura mais conservadora, procurando as transições rápidas para causar mossa. Hildeberto Pereira, reforço do conjunto de Portimão, procurou agitar as águas, mas a coesão defensiva do adversário não permitiu surpresas.
Quem fez uma exibição de encher o olho, foi o guardião nipónico do emblema da casa. Kosuke Nakamura foi uma autêntica muralha, negando, em múltiplas ocasiões, um resultado mais dilatado. Os seus reflexos felinos deixaram Martim Neto e Kanya Fukimoto totalmente incrédulos, com duas intervenções de classe mundial.
Já Andrew teve uma tarde muito descansada, não tendo que mostrar qualquer serviço. O Portimonense não teve qualquer remate enquadrado, fruto da completa desinspiração da frente de ataque. A machadada final, com naturalidade, viria a acontecer na reta final do confronto: numa transição rápida, Fujimoto respeitou a desmarcação de Félix Correia que, com frieza, atirou a contar, com um remate colocado.
Com este resultado, o Gil Vicente ascende ao 11º posto, afastando-se das zona de despromoção. Já os comandados de Paulo Sérgio ocupam a 14ª posição do campeonato nacional.
Félix Correia no centro e Maxime Dominguez na esquerda foram os motores da equipa barcelense. A opção de Vitor Campelos em não entrar em campo com um ponta-de-lança de raiz surtiu resultados, com as constantes dinâmicas a criarem dificuldades à defensiva contrária.
A formação algarvia, em nenhum momento de jogo, foi realmente uma ameaça para a baliza de Andrew. O guardião teve uma tarde tranquila, fruto da falta de clarividência dos avançados adversários. São capazes de fazer melhor...
A equipa de arbitragem comandada por Hélder Malheiro esteve exímia. Apesar de não haver lances de dificuldade acrescida, as decisões foram, maioritariamente, acertadas