Foi duro, mas chegou para conseguir vantagem e algum - possivelmente, pouco - sossego. A Roma de Mourinho viaja para a Alemanha com a vantagem de um golo na eliminatória, depois da vitória por 1-0 frente ao Bayer Leverkusen, no Olímpico.
O ambiente pré-jogo em Itália fervilhava por todo o lado e pensava-se mesmo que o jogo poderia ser tão quente assim..., mas não foi.
Os primeiros avisos partiram do Bayer Leverkusen. Os farmacêuticos entraram bem na partida, criando algumas ocasiões que não levaram grande perigo para a baliza de Rui Patrício - que não teve uma exibição muito favorável, com algumas saídas da zona dos postes que poderiam ser fatais para os giallorossi.
A Roma respondeu através de um forte cabeceamento de Roger Ibañez que acabou travado por Hradecky. A partir deste momento, o jogo equilibrou e em pouco ou nada saía da zona do meio-campo.
O jogo acabou por sossegar, mas não foi um sossego daqueles tranquilos. Em campo, a intranquilidade parte a parte gerou um duelo que em pouco ou nada se resolvia.
Após o intervalo, foi hora de sentenciar o resultado. Numa jogada de Edoardo Bove que Tammy Abraham quase conseguiu finalizar, mas que o guardião dos farmacêuticos defendeu, a bola sobrou para recarga do médio de 20 anos.
Foi Bove a trazer alguma paz, mas a intranquilidade certamente permanece perante um resultado tão apertado como este.
O Bayer Leverkusen bem tentou reagir até ao apito final, com várias aproximações sucessivas e algumas amostras de pressão de Rui Patrício, mas não conseguiram reverter os danos.
As respostas ficam guardadas para a visita da turma de Mourinho a casa dos comandados de Xabi Alonso, no próximo dia 18 de maio.
Se Edoardo Bove ajudou a resolver no que toca às ações ofensivas, Bryan Cristante foi um pilar nos momentos defensivos. Complementarem-se à própria maneira e foram fulcrais para dar mais um passo em direção ao sonho romano.
Foi um jogo de «para e arranca». Com muitas paragens por vários muitos diferentes, pedia-se outro tipo de emoção a um jogo como este. Foram muito poucas as ocasiões que tornariam o jogo mais interessante - que só apareceram no final, com o tempo a esgotar e onde o Bayer Leverkusen não conseguiu fazer nada para bater a Roma de Mourinho.
Para além de um lance dentro de área que nos pareceu de possível análise e intervenção do VAR, ainda na primeira parte, sobre Andrea Belotti, o árbitro manteve um critério uniforme, sem grandes casos de decisão difícil.