E vão 11. O Benfica chegou à 11ª vitória seguida da época. Não foi uma exibição de encher o olho, mas foi suficiente. O ritmo de tantos jogos em pouco tempo não permitiu que o desafio fosse tão bonito, mas as águias tiveram mais oportunidades, mais bola e foram merecedoras dos três pontos.Que ritmo, que vontade de marcar cedo, que coração. Razão, nem por isso. Famalicão e Benfica optaram por um estilo semelhante, nos primeiros minutos de jogo: pressionar a primeira linha de construção, forçar o erro e, assim, ficar mais perto da baliza para conseguir finalizar.
Millán e Moura foram os primeiros a conseguir materializar essas intenções, mas a finalização do português foi medíocre. No outro lado, Musa e Neres colocaram Luiz Júnior à prova, após uma excelente combinação pela zona central. O bilhete de identidade das equipas, para este jogo, foi apresentado com uma ligação entre extremos e avançados.
O Benfica assumiu as despesas do jogo, sem qualquer tipo de problema. Os homens de Roger Schmidt passaram a dobrar as marcações. A pressão sobre a defesa do Famalicão foi grande, com especial destaque para os trabalhos de Musa, Neres, Rafa e Enzo Fernández.
Os encarnados colecionaram recuperações de bola e na hora de atacar privilegiaram as laterais. Gilberto e Grimaldo subiram bastante, mas a defesa do Famalicão foi sempre muito compacta na hora de resolver os problemas e as águias tiveram dificuldades em encontrar soluções. Draxler deu um pequeno ar da sua graça, mas longe de outros tempos esteve muito desligado e isso não ajudou a equipa.
Sem conseguir importunar Luiz Júnior de bola corrida, foi de bola parada que o Benfica criou maior perigo. Os últimos minutos da primeira parte foram de grande sufoco para o Famalicão, com David Neres a estar em evidência (que defesa de Luiz Júnior), mas o primeiro tempo terminou com Vlachodimos a segurar o empate, depois de um potente remate de Youssouf.
Schmidt quis agitar a equipa. Draxler ficou no balneário, para a segunda parte, e Diogo Gonçalves aproveitou a oportunidade. Com Gilberto e Neres sem inspiração, foi a ligação entre Grimaldo e o recém entrado que passaram a ser um grande problema para a defesa de Rui Pedro Silva.
O Benfica apresentou-se com ordem para atacar pelo lado esquerdo. De fora ou por dentro, as águias tinham descoberto o caminho para entrar na defesa minhota. Musa foi o primeiro a ameaçar Luiz Júnior, com rigor, mas o guardião famalicense agigantou-se na baliza. Verdade se escreva, Luiz Júnior fechou a baliza como conseguiu, no entanto sofreu no lance fora do comum. Rafa antecipou-se a Mihaj e com um toque subtíl abriu o marcador.
O golo tranquilizou o Benfica, que passou a gerir o desafio com bola. Já a pensar na Liga dos Campeões, Schmidt mexeu em três setores com as entradas de Rodrigo Pinho, Chiquinho e Bah. O treinador quis manter o ritmo alto, trocar toda a lateral direita e virar o jogo. Mas não foi preciso, por muito que tenha tentado, o Famalicão não teve ideias para colocar a defesa do Benfica em perigo.
0-1 | ||
Rafa Silva 63' |
Nuno Almeida teve uma exibição tranquila e segura. Não foram muitos os lances que obrigaram o juiz do Algarve a mostrar a sua autoridade, no entanto esteve próximos dos lances e não teve grandes dúvidas. O capítulo disciplinar pode ter ficado curto, num encontro com tantos duelos, tal como o excesso número de faltas que marcou nos últimos minutos.
O Benfica teve um motor no lado esquerdo, mesmo que na primeira parte tenha sido Draxler a jogar nesse espaço. As águias somaram vários lances de perigo por esse lado, com Grimaldo a ser o grande diapasão desse lado.
Os ataques tiraram folga este sábado. É certo que a defesa do Famalicão soube anular os homens de Roger Schmidt, mas faltou inspiração para mais. Nos minhotos foi idêntico. Há grandes preocupações para Rui Pedro Silva.