O réveillon na Choupana vai ser passado com outra tranquilidade, depois de o Nacional ter batido o Tondela por 2x0, cimentando um lugar na metade superior da tabela. Um golo aos 35 segundos abriu o champanhe e a expulsão de Bebeto confirmou a festa de uns insulares que fizeram o necessário para justificar o resultado.
Um golo madrugador, normalmente, é uma boa notícia para a equipa que se vê a vencer pouco tempo depois do arranque. Só que, para isso, é necessário dar seguimento ao bom momento inicial. O que aconteceu no Estádio da Madeira, entre Nacional e Tondela, foi exatamente o oposto.
A um Nacional que chegava a esta jornada com três derrotas consecutivas para a Liga, o técnico operou várias alterações, com destaque para a presença de Pedrão, até então totalista na prova, no banco. Do lado do Tondela, Pako Ayestarán, que tinha admitido a vontade de fechar o ano a vencer, deixou a linha de cinco defesas e apostou em homens de ataque. A estratégia começou por resultar, tal foi a facilidade em chegar ao último terço do adversário. Três grandes oportunidades no espaço de quatro minutos quase fizeram justificar o ascendente, mas, à meia hora de jogo, tudo ficou mais difícil.
Bebeto deixou Camacho fugir em velocidade e, mesmo antes do limite da carga de ombro, acabou por o derrubar. Segundo amarelo e inferioridade numérica. Nesta altura, os insulares foram capazes de voltar a equilibrar o domínio, com mais espaço e capacidade para trocar a bola. Fora (mais) uma desatenção de um central alvinegro, que Agra não conseguiu aproveitar, os homens da casa melhoraram e termiram o primeiro tempo na mó de cima.
A inferioridade numérica ficou ainda mais visível porque Luís Freire conseguiu montar uma estratégia para atacar o espaço nas costas de uma equipa que procurava o empate. Foi dessa forma que surgiram as melhores oportunidades dos insulares. Na primeira, Riascos perdeu de forma incrível, algo que acabou por remediar aos 68 minutos, com o segundo golo.
Desta vez do lado aposto, Rúben Micael encontrou o outro Rúben, que, com um cruzamento, obrigou Medioub a cortar de forma incompleta. Riascos foi o primeiro a aparecer para aumentar a vantagem e dificultar ainda mais a tarefa do Tondela.
Para terminar, palavra para os homens de Pako Ayestarán, que foram capazes de, apesar de todas as adversidades (Rafael Barbosa ainda saiu lesionado) vender cara a derrota. Até ao apito final, ainda beneficiaram de várias oportunidades, mas o resultado estava fechado.
Depois de já ter contado com vários inícios complicados nos jogos em casa, com várias primeiras partes para esquecer, o Nacional conseguiu abrir um jogo de forma positiva. O golo aos 35 segundos não ajudou na estratégia, mas acabou por funcionar para o resultado final.
Apesar de todas as contrariedades, com a expulsão e a lesão de Rafael Barbosa, o Tondela saiu da Madeira com uma boa imagem. Mesmo com dez, os beirões conseguiram criar perigo junto da baliza de Daniel Guimarães e até podiam ter justificado um golo marcado.
Não foi o jogo mais fácil para João Bento, com várias críticas de parte a parte durante o decorrer do encontro. Ainda assim, e no lance mais importante, esteve bem em mostrar o segundo amarelo a Bebeto.