Numa clara mostra de força, o Sporting deslocou-se até Guimarães e não teve problemas em invadir o castelo do Vitória SC, com um triunfo por expressivos 0x4, que garante aos leões a continuidade na liderança da Liga NOS, pelo menos por mais uma jornada.
A estratégia do Vitória SC esbarrou num grande início e na eficácia do Sporting, mas também nos erros próprios. Como já começa a ser hábito, Pedro Gonçalves foi o grande destaque da noite, com uma assistência e dois golos que catapultaram o jovem médio para o topo da lista de melhores marcadores.
Depois do triunfo expressivo frente ao Tondela, Rúben Amorim optou por manter praticamente todo o onze, mudando apenas uma peça, com a entrada de Nuno Santos para o lugar de Tiago Tomás. Do lado do Vitória SC, João Henriques optou por lançar Edwards e Sacko para o onze titular, com o inglês a juntar-se a Quaresma e Bruno Duarte na frente de ataque.
A estratégia do Vitória SC passava por pressionar muito alto, na tentativa de prejudicar a saída de bola do Sporting, mas o plano saiu furado, pelo menos nos primeiros minutos. Os leões entraram com tudo - João Mário rematou à barra logo no primeiro minuto - e souberam tirar partido da defesa subida dos vimaranenses através de lançamentos em profundidade, sobretudo para Sporar.
A reação do Vitória SC foi-se fazendo sentir e aumentando com o passar dos minutos. Começaram a surgir vários lances de frisson junto da baliza de Adán, principalmente através de lances de bola parada e de recuperações fruto de uma pressão alta que parecia finalmente funcionar, mas as tentativas acabaram por esbarrar, ora no guardião espanhol, ora na barreira defensiva leonina.
Quando até parecia ser o Vitória SC mais próximo do empate, foi mesmo o Sporting a chegar ao segundo. Arrancada de João Mário, combinação entre Sporar e Porro e cruzamento atrasado para Pedro Gonçalves fazer o gosto ao pé e oferecer outra tranquilidade aos leões no regresso aos balneários.
Apesar da desvantagem, João Henriques optou por não fazer qualquer substituição ao intervalo - já havia sido obrigado a trocar o lesionado Agu por Pepelu na primeira metade -, trocando apenas Quaresma e Edwards de lado. Foi precisamente dos pés de Quaresma que saiu uma daquelas trivelas para André André encostar para o golo, mas o médio estava em posição irregular.
A partir daqui, o jogo ficou diferente, muito partido, com as oportunidades a sucederem-se nas duas balizas. Nas duas mais perigosa, Nuno Santos ficou muito perto de imitar Pedro Gonçalves e bisar, mas falhou na cara de Bruno Varela, e Quaresma quase surpreendeu Adán com uma das suas trivelas, mas o remate saiu ligeiramente por cima. Os dois treinadores tentaram repor alguma ordem na partida com várias substituições, mas o caos continuou a reinar no D. Afonso Henriques.
Ora, esse caos costuma ser favorável às equipas que estão na frente do marcador e aqui não foi exceção. Tiago Tomás ainda desperdiçou na cara de Bruno Varela, mas, pouco depois, Jovane teve outra frieza no seguimento de uma arrancada de Matheus Nunes. Apesar de algumas tentativas de parte a parte, os últimos minutos foram de conformismo, principalmente para a equipa do Vitória SC, e não alteraram em nada o desfecho da partida.
Tal como na jornada anterior, volta a ficar uma imagem de rolo compressor leonino, com o Sporting a demonstrar que a máquina está cada vez melhor oleada. Desta vez, a vítima foi o Vitória SC, mas se os leões conseguirem manter este nível, vão ser um adversário extremamente complicado para qualquer equipa do campeonato.
A estratégia de pressionar alto e atrapalhar a saída de bola leonino entende-se, mas nunca vai resultar quando o controlo da profundidade está ao nível do que aconteceu esta noite na defensiva do Vitória SC. Assim, não há estratégia que resista.