Em terra de conquistadores, nem o Vitória de Guimarães nem o Sporting foram capazes de conquistar os 3 pontos. Não foi, no entanto, por falta de vontade das duas equipas que nenhuma delas ganhou. No primeiro tempo ambas incomodaram os guarda-redes adversários, mas na segunda parte foram os leões quem mais tentaram chegar à vantagem.
No D. Afonso Henriques, leões e minhotos proporcionaram um espetáculo equilibrado, embora nem sempre bonito na primeira parte. Cada um dos conjuntos exibiu os seus argumentos, com o Vitória de Guimarães a apresentar-se organizado e a não deixar jogar o Sporting, que, por sua vez, procurou ter mais bola mas nem sempre com sucesso.
O primeiro tempo ficou, por isso, marcado por um jogo muito disputado a meio-campo, bastante físico e com algumas entradas duras que obrigaram o árbitro a exibir por algumas vezes o cartão amarelo. Ainda assim, as duas equipas beneficiaram de oportunidades para inaugurarem o marcador. Licá e Bouba Saré tiveram as melhores situações para colocar o Vitória de Guimarães na frente. Do lado do Sporting, Slimani, por duas vezes, e Gelson Martins também procuraram o caminho da baliza, negado sempre por Miguel Silva. O guarda-redes dos minhotos foi gigante entre os postes e manteve a boa postura na etapa complementar, quando a sua equipa mais precisou dele.
Os segundos 45 minutos foram bem diferentes dos primeiros. O Sporting apresentou-se melhor, conseguiu soltar-se das amarras dos vimaranenses e criaram muitas situações para alterarem o resultado. Schelotto, lateral-direito que voltou a ser titular em vez de João Pereira, esteve em bom plano do ponto de vista ofensivo e foi ele quem deu o mote para a melhoria da formação de Jorge Jesus na partida. Na retina fica o primoroso cruzamento para a área e o falhanço escandaloso de Bryan Ruiz avançado colombiano que sozinho na área cabeceou por cima.
O lance marcou o domínio dos leões no jogo, o qual se tornou ainda mais evidente a partir do minuto 74, momento em que o Vitória de Guimarães ficou reduzido a dez unidades por expulsão de Josué por falta sobre Slimani, que seguia isolado. Sérgio Conceição foi obrigado a tirar o seu jogador mais criativo, Otávio, para lançar João Afonso, um defesa-central, e a partir de então o Sporting instalou-se definitivamente no meio-campo defensivo dos minhotos.
Foram várias as situações de golo que o Sporting criou nos últimos minutos, suficientes até para poderem reclamar os 3 pontos. Bryan Ruiz e Barcos viram Miguel Silva – uma vez mais! - negar-lhes o golo, enquanto William Carvalho e Schelotto viram a bola sair dos seus pés e a passar a centímetros da baliza adversária. Lances que deixaram os leões sem 2 pontos antes do dérbi com o Benfica e os minhotos, que muito batalharam perante a superioridade dos verdes e brancos no segundo tempo, com 1 ponto merecido.