Perguntem ao Gaitán

Ponto prévio: Gaitán já não tem quase nada a provar neste Benfica. Basta aparecer, ser e fazer o que sabe melhor. Jogar. E joga muito e bem. Esta noite, não foi diferente. O triunfo passou pelos seus pés.

Como esperado, o Benfica cedo tomou conta das despesas da partida. Uma equipa de posse, a partir em ataque organizado e com projeção dos laterais, tentava chegar com perigo às redes do Astana que, como era previsível, atuava em contenção e num bloco médio no relvado da Luz.

Com processos bem definidos, os jogadores de Stanimir Stoilov foram ganhando confiança perante um Benfica demasiado lento na circulação e a falhar muito no último passe. Por isso, ambiente morno em campo, jogo desinteressante e um nulo no marcador ao intervalo.

A bola ao ferro dos cazaques, o génio de Gaitán

Depois do descanso, a abordagem dos cazaques foi afirmativa. Aleksey Shchetkin, entre Jardel e Luisão, atirou a bola no poste. Soaram os alarmes na Luz perante uma espécie de "alerta amarelo". 

Mas o Benfica tem Gaitán e foi o talento do argentino a desbloquear o jogo. Minuto 51', Mitroglou arrastou a defesa cazaque, o camisola 10 meteu velocidade no seu corredor, fez uma diagonal da linha para o centro, correu a caminho da baliza e atirou para o fundo das redes de Nenad Erić. 

Quando o Benfica fazia acelerações conseguia abrir espaços e desmontar a estratégia do Astana. Minuto 62, Eliseu desceu pelo corredor esquerdo, entrou na área e cruzou para Mitroglou encostar à "boca" da baliza. 2x0 e o Benfica tinha o triunfo na mão. 

Gaitán abriu caminho à vitória encarnada ©Carlos Alberto Costa

Até final, o Benfica segurou a vitória na estreia nesta edição da Liga dos Campeões. Hoje como em outras tantas tardes/noites, quando as dificuldades aparecem para os encarnados, lá surge Gaitán com a resposta (aqui deve ler-se solução). Perguntem-lhe que ele sabe como se faz.