Do casablanco à Casa Blanca
Desde muito cedo ligado ao desporto, Emílio Butragueño faz agora parte da história do futebol, mas foi pelo basquetebol que se apaixonou mais cedo. Praticou a modalidade até aos 13 anos idade em que se revelou o seu talento para o futebol. Foi no Colégio Calasancio onde estudava.
Butragueño jogou em várias equipas do colégio até um olheiro do
Real Madrid reparar no miúdo e no seu talento. Firmou então um contracto com o colosso madrileno e estreou-se com a camisola blanca em 1981 durante a disputa do troféu Santiago Barnabéu. Findo o torneio, rumou ao Castilla onde conquistou o título da 2ª divisão em 1983/84.
Foi então que chegou a altura de ingressar na
Casa Blanca. Fixou-se no onze com a camisola 7 e os seus créditos de avançado rápido, tecnicista e imprevisível aliados ao Killer Instinct que possuía valeram-lhe a alcunha do "El Buitre". Em cinco épocas (entre 1985 e 1990), cinco títulos de
Espanha.
Não só fez parte de uma equipa poderosíssima como ainda foi a sua estrela mais cintilante. Venceu a Copa do Rei por 2 vezes em 89 e 93, e por 2 vezes também venceu a Taça UEFA (1985 e 86), antes de alcançar o seu 6º Título Espanhol em 1995 e despedir-se de
Madrid deixando a mítica camisola 7 a …Raul Gonzalez. Rumou aos mexicanos do Atlético Celaya onde acabou a carreira em 1996 aos 36 anos.
Quinta del Buitre
A sua passagem pelo Real foi marcante. Jogou ao lado de estrelas como Buyo, Camacho, Michel, Hugo Sanchez entre outros. Foi esta constelação de estrelas que levou a um movimento interno que os jornais apelidaram de "Quinta del Buitre".
A famosa Quinta era vista por alguns como não mais que um conjunto de jogadores maravilha que formavam uma das equipas mais vencedoras que há memória em
Madrid. Por outros, a Quinta del Buitre era um grupo de jogadores que formavam o núcleo duro do
Real Madrid, liderados por Butragueño que pressionava e influenciava decisivamente o treinador sobre quem deveria jogar. Ainda hoje se fala da famosa Quinta Del Buitre com polémica ou admiração, conforme o contexto.
Selecção: um poker que arrasou a máquina dinamarquesa
Na Selecção fez 26 golos em 69 partidas. Esteve nos Mundias do México em 86 e de Itália em 90. Marcou 5 golos em 9 jogos. O seu jogo mais memorável foi no México.
A
Espanha jogava frente à Super-Dinamarca de Elkaer Larsson. Dinamáquina era como era conhecida tal qualidade de jogo da Selecção nórdica. Mas uma super exibição com 4 golos de Butragueño vulgarizou os Dinamarqueses e derrotou-os por 5-1. Ficou-se no entanto a
Espanha pelos quartos de final eliminada pela Bélgica de Ceulemens.
Butragueño somou o golo apontado à Irlanda do Norte aos 4 frente a Dinamarca e ficou apenas a 1 de
Gary Lineker, o melhor marcador da prova. Em 1990 e em solo Italiano, a campanha foi mais pobre e os espanhóis caíram nos oitavos de final e El Buitre não facturou uma única vez.
Pós-Futebol
Após ter abandonado os relvados o seu nome continuou a ser sinónimo de sucesso, respeito e responsabilidade. Exerceu as funções de assistente do Secretário de Estado do Desporto de
Espanha até que o apelo do seu clube do coração falou mais alto e fez Butragueño regressar ao
Real Madrid como membro do Staff Directivo. Actualmente, Emílio Butragueño é o Director Geral Desportivo do
Real Madrid.